22 razões pelas quais não sou populista de esquerda
Um guia para desvendar o lulopetismo
Galeria dos principais populistas de esquerda (ou neopopulistas) da América Latina: Lula e Dilma Rousseff (Brasil), López Obrador e Cláudia Sheinbaum (México), Manoel Zelaya e Xiomara (Honduras), Evo Morales e Luis Arce (Bolívia), Maurício Funes e Salvador Cerén (El Salvador), Hugo Chávez e Nicolás Maduro (Venezuela), Daniel Ortega e Rosario Murillo (Nicarágua), Gustavo Petro (Colômbia), Rafael Correa (Equador), Cristina Kirchner e Alberto Fernandez (Argentina), Fernando Lugo (Paraguai), Pedro Castillo (Perú). Fidel Castro, Raul e Díaz-Canel (os antigos e o atual ditador de Cuba) não são propriamente populistas, mas investiram na ascensão do populismo de esquerda.
AS 22 RAZÕES
Válidas para o Brasil e, em parte, para outros regimes eleitorais da América Latina parasitados pelo neopopulismo.
01 - Não reconheço a eleição fraudulenta de Maduro (e reconheço a vitória da oposição roubada pelo ditador), critico as violações de direitos humanos na Venezuela e chamo aquele regime pelo que ele de fato é e todo mundo sabe: uma ditadura.
02 - Não digo que Israel é genocida e não vejo o Hamas como uma força de libertação (e não apoio a guerra do Irã para destruir a democracia israelense - uma ilha de liberdade cercada por quinze autocracias do Oriente Médio).
03 - Não apoio Putin e não afirmo que Zelensky é nazista (e critico quem não move uma palha para defender, nem mesmo com palavras, a resistência ucraniana à invasão militar da ditadura neoczarista russa).
04 - Critico a entrada do país no cafofo de ditaduras chamado BRICS (uma articulação anti-OTAN e anti-UE disfarçada de bloco econômico).
05 - Denuncio o alinhamento do Brasil à ditadura chinesa e condeno Xi Jinping como um monocrata cruel, que controla sua população por meio do maior esquema (distópico) já inventado na história, proíbe qualquer oposição, reprime dissidentes, mantém campos de concentração (de uigures), agride as Filipinas ao sul no mar da China e tenta invadir e anexar Taiwan.
06 - Denuncio alinhamento do Brasil ao eixo autocrático (Rússia, China, Irã etc.) contra as democracias liberais.
07 - Não sou contra a autonomia do banco central e das agências reguladoras.
08 - Não sou contra uma reforma administrativa que viabilize corte de gastos e, portanto, não sou contra o equilíbrio fiscal.
09 - Não sou contra as privatizações.
10 - Não sou contra a lei das estatais.
11 - Não sou favorável a fazer uso político dos bancos públicos.
12 - Não sou a favor da escolha governamental de "complexos industriais estratégicos" para privilegiar investimentos públicos.
13 - Não sou espalhador da falsa narrativa de que o mensalão, o petrolão, o impeachment de Dilma e a prisão de Lula (e de outros dirigentes petistas, como Dirceu) fazem parte de um mesmo "projeto articulado de fora", de um golpe das elites, apoiadas pela CIA e pelo FBI, para destruir a Petrobrás e as empreiteiras, tomar o pré-sal e tirar o Lula da eleição de 2018.
14 - Não tomo a ordem (uma ordem supostamente "mais justa") - e sim a liberdade - como sentido da política.
15 - Não concebo nem exercito a política como continuação da guerra por outros meios (na base do "nós contra eles") para implantar uma ordem mais justa (pré-concebida pela teoria ou pela ideologia).
16 - Não sou estatista (quer dizer, não tenho uma visão estadocêntrica do mundo).
17 - Não sou antiliberal, nem antipluralista.
18 - Não creio numa imanência histórica, na existência de leis da história que podem ser conhecidas por quem tem a teoria verdadeira ou o método correto de interpretação da realidade e na luta de classes (ou na luta identitária: a afirmação da diferença convertida em separação) como motor da história.
19 - Não acredito que a igualdade (ou a redução da desigualdade) socioeconômica seja precondição para a liberdade (ou para a igualdade política).
20 - Não defendo que haja uma equivalência entre democracia e cidadania (nem reduzo a democracia à cidadania para todos).
21 - Não tenho um horizonte utópico que proponha a fuga para um futuro (idealizado) onde a vida, supostamente, seria melhor.
22 - Não aprovo o uso da democracia contra a democracia (concorrendo à eleições não como quem quer fazer parte do metabolismo normal da democracia, capaz de realizar o princípio da rotatividade ou alternância, e sim como quem se aproveita de um instrumento, um meio para alcançar e reter o poder).
É exatamente por isso que eu o leio .