A armadilha autoritária
O governo Lula está conduzindo o Brasil para uma armadilha. Para fazer frente aos ataques políticos de Donald Trump vai acelerar e intensificar o alinhamento do Brasil ao eixo autocrático
Não há grande novidade nas atuações de Donald Trump. Todos sabemos que ele ascendeu num movimento populista-autoritário da chamada extrema-direita. Todos sabemos que Bolsonaro surfa nessa mesma onda, assim como surfaram ou estão surfando Orbán, Le Pen, 5Stelle e Salvini, Farage (e o Brexit), Wilders, Weidel, Purra, Fico, Abascal, Ventura, Bukele etc.
Portanto, é claro que Trump tenderia a ser solidário a Bolsonaro (ainda mais sendo impulsionado pelo MAGA de Bannon), independentemente da atuação de Eduardo Bolsonaro e de outros bolsonaristas que estão nos EUA.
Além disso, Trump não está agindo apenas para proteger Bolsonaro (de quem declarou recentemente que nem amigo é) e sim para se contrapor à ameaça representada pelo BRICS e, subsidiariamente, para defender os interesses das empresas americanas, bigtechs e outras, acossadas por regulamentações, tarifas ou barreiras alfandegárias protecionistas.
O problema é que a democracia hoje não é ameaçada apenas pela chamada extrema-direita. O eixo autocrático atual é o maior e o mais poderoso já surgido na história, juntando, ativamente ou potencialmente, Rússia, Bielorrússia, Coreia do Norte, China, Irã e seus braços terroristas, além de quase duas dezenas de autocracias islâmicas, Laos, Vietnam e outras ditaduras asiáticas (Cazaquistão, Uzbequistão etc.), Angola e outras ditaduras africanas (Congo DR, Nigéria, Uganda etc.), Cuba, Venezuela e Nicarágua. A maior parte dos regimes vigentes nesses países não é de extrema-direita. E justamente é a parte mais ativa desse eixo autocrático que está avançando em articulações políticas disfarçadas de blocos econômicos, como o BRICS – composto por 80% de ditaduras, sob o nome fantasia de Sul Global (uma espécie de terceiro-mundismo requentado).
Governo não é regime. O governo Trump é autocrático, embora o regime político americano ainda seja uma democracia. Mas Lula e o PT já se opunham aos EUA desde muito antes, quando o país era governado por democratas (como Clinton, Obama e Biden). Lula já se alinhava às maiores ditaduras do planeta antes de Trump ser eleito pela segunda vez (em 2024). Por exemplo, na sua primeira viagem à China, no dia 14 de abril de 2023, Lula declarou:
“A compreensão que o meu governo tem da China é a de que temos que trabalhar muito para que a relação Brasil-China não seja meramente de interesse comercial… Queremos que a relação Brasil-China transcenda a questão comercial… [para] elevar o patamar da parceria estratégica e, junto com a China, equilibrar a geopolítica mundial”.
É óbvio que isso reforça a impressão de setores da Casa Branca trumpista de que o Brasil sob Lula, se já não é, vai se tornar em breve um braço da autocracia chinesa.
Mas esse não é o único exemplo. O alinhamento à Rússia (contra a Ucrânia e até antes da invasão de Putin - elogiado por Lula como campeão da luta contra o imperialismo norte-americano) e a simpatia pela teocracia do Irã e seus braços terroristas (contra Israel) são notórios desde os dois primeiros mandatos petistas.
Agora, diante das investidas agressivas e absurdas de Trump, o movimento de alinhamento ao eixo autocrático tende a se aprofundar e a se solidificar. Cair nessa armadilha autoritária, entretanto, será bem pior para a nossa democracia e para a democracia no mundo.
Lula estraga o Brasil há 40 anos (já imaginou que país teríamos se Lula tivesse nascido no Paraguai?) e nivelou tudo por baixo, mas o psicopata Donald Trump e os EUA fazem o papel de “Bedel da Humanidade” e põem a mão boba em todo lugar, sob falsos argumentos, desde que ajudaram a vencer a Guerra contra o Nazismo e contra Alemanha eugenista. No Brasil, financiaram milicos filhosdasputas da Operação Condor de caça aos comunistas, no Chile a milicada do Pinochet, Vietnã, Nicarágua, Iraque, Afeganistão etc