Alerta vermelho?
Alexandre de Moraes falou ontem (03/06/2025) em "inimigos nacionais e internacionais" da democracia. E reafirmou que "o Brasil sempre saberá defender a sua democracia". Como se a democracia brasileira estivesse em risco, acossada por inimigos internos e externos. Ora, se é assim, devemos ligar o alerta vermelho, pois estamos numa situação excepcional - o que justificaria a manutenção, até 2026, de uma atuação de exceção da suprema corte. É nessas condições anormais que vamos para as eleições de 2026?
Sim, porque, segundo pesquisa Quaest de hoje, a desaprovação do governo Lula está chegando perto dos 60%. Isso praticamente inviabiliza a reeleição de Lula em condições normais. Então o que eles estão fazendo? Estão tentando criar condições anormais para o pleito de 2026.
Bolsonaro, um populista-autoritário, ameaçou nossa democracia. Não porque fosse contra o lulopetismo. Nós, os democratas, não-populistas, também somos contra o lulopetismo (e contra o bolsonarismo). Ameaçou nossa democracia desde a sua posse, porque colocou nosso regime em estado de golpe (ou erosão continuada) e, no final, articulou e tentou dar um golpe de Estado à moda antiga mesmo, que só não foi consumado por falta de força político-militar para tanto.
Atualmente, porém, nem Bolsonaro, nem o bolsonarismo, ameaçam nossa democracia. Ameaçam, sim, a reeleição de Lula - mas isso é do jogo democrático normal.
Entretanto, Lula, o PT, as TVs chapa-branca e membros do STF estão vendendo a versão de que uma derrota eleitoral do lulopetismo em 2026 seria equivalente a um golpe de Estado e, portanto, uma violação da democracia. Por isso estão esticando os processos contra Bolsonaro e os bolsonaristas para que as próximas eleições ocorram em uma situação anormal, de luta pela salvação da democracia, onde então valeria tudo, inclusive uma atuação de exceção da suprema corte, um comportamento de partido político de meios de comunicação tradicionais aparelhados ou comprados e restrições ao uso das mídias sociais por parte das oposições em campanhas eleitorais.
É um embuste, uma armação, uma falsificação, uma tentativa de manipulação da opinião pública. E, isto sim, corrói a nossa democracia.
Tudo isso está acontecendo diante de uma tentativa de regulação das mídias sociais por parte do STF com o apoio do governo, do PT e das TVs alinhadas ao Planalto. Ainda que se tente enganar os outros dizendo que a regulação das mídias sociais visa proteger as criancinhas e os inocentes que caem em golpes na internet, quando já existem leis para tudo isso. Temos poder judiciário, Constituição, Código Civil, Código Penal e Marco Civil da Internet (que pode ser aperfeiçoado, mas não conferindo ao governo ou a uma agência que ele pode aparelhar o poder extra-judicial de suspender plataformas, censurar conteúdos e banir usuários).
O objetivo de uma regulação autoritária das mídias sociais é político. É impedir que as oposições usem essas mídias na próxima campanha eleitoral, proibindo que nelas se fale da folha corrida de corrupção do PT, da prisão de Lula por corrupção e da sua não-absolvição pela justiça, da aliança histórica de Lula e do PT com ditaduras (como Cuba, Venezuela, Nicarágua, Angola) e que se denuncie a aproximação de Lula com Putin (inclusive financiando sua guerra imperial de conquista da Ucrânia), sua admiração por Xi Jinping e sua simpatia pelos teocratas iranianos.
As próximas eleições poderão ser as mais importantes da nossa história. As urnas de 2026 serão um divisor de águas. Não porque poderemos trocar de governo - o que deveria ser normal em uma democracia. E sim porque estará em questão a natureza do nosso regime político. Dependendo dos desdobramentos da situação atual, este sim poderá ser um motivo relevante para ligarmos, em breve, um alerta vermelho.
E parece que o tal especialista chinês para regular redes sociais já está aqui ou está prestes a chegar. Vi isso no programa William Waack, da CNN, de ontem. Parabéns a todos os lula-afetivos e fanáticos e aos imbecis cegos que taparam o nariz e fizeram o L para não votar no "Sulfuroso". Teria sido muito melhor e mais inteligente se tivessem anulado aquele voto, como eu mesma fiz.
Esta é uma das bases do comunismo, sempre ter um inimigo para combater. por isto que ainda mantem o Bolsonaro livre. Sem prenderem, o inimigo deixa de ser uma ameaça. O mesmo acontece com o pessoal do 08/01. precisam mante-los detidos, pois são inimigos, são uma ameaça. Simples assim. Se prenderem Bolsonaro e soltarem o pessoal do 08/01, acabou a ameaça. Não temos mais a quem combater.