Flávio Bolsonaro entra no jogo. E então?
Victor Corrêa e Cristina Kurthy, Inteligência Democrática (06/12/2025)
Tarcísio só entraria na disputa pelo Planalto, se fosse lançado como herdeiro direto de Bolsonaro. Fora desse cenário, a equação se torna desfavorável para ele: competir contra um candidato indicado pelo ex-presidente — pior ainda, contra o próprio Flávio Bolsonaro — significaria dividir a mesma base eleitoral.
Fragmentados, ambos chegariam mais fracos, com menores chances de vitória. Diante desse risco, por que abrir mão da reeleição para governador praticamente garantida em São Paulo? Ele não trocaria um mandato certo por uma aventura nacional incerta.
Nesse contexto, o campo à direita se reorganiza. Ratinho Jr. conta com a boa aprovação no Paraná, mas essa popularidade não resolve o dilema estratégico: ele disputa o mesmo eleitorado bolsonarista e, portanto, entraria em rota de colisão com o clã Bolsonaro. A dúvida é se ele realmente teria interesse em bancar essa ruptura.
E é exatamente aí que emerge a singularidade de Eduardo Leite. Ele é o único capaz de articular um centro democrático. Não se trata do centrão fisiológico e nem um lugar equidistante entre direita e esquerda, mas sim um centro de gravidade, em torno do qual atores democráticos possam orbitar: conviver, interagir, discordar, chegar a consensos, ou produzir dissensos que virarão consensos ou não. Porque é assim a democracia.
Ou seja, é um nome fora da clivagem Direita x Esquerda, que transita fora da polarização e autoritarismo / hegemonia, dialoga com públicos que os outros não alcançam e tem muito espaço para crescer, justamente porque não precisa se posicionar como continuador de Bolsonaro e nem depende de inimigos políticos para existir.
Enquanto isso, os demais candidatos de oposição ao Lula se limitam sempre pela necessidade de agradar uma mesma parcela do eleitorado, os bolsonaristas.
O maior grupo do país é justamente aquele que não quer nenhum dos dois pólos (bolsonarista e lulopetista). Essa maioria silenciosa precisa de uma alternativa equilibrada.
Mais do que nunca, Leite agora se projeta como uma alternativa mais ampla — e, por isso, mais competitiva.
Vamos afirmar essa alternativa, esse caminho na certeza íntima, de que a política pode ir além dos populismos e do discurso de ódio, que há espaço para união e reconciliação.
Ter fé é compreender que as probabilidades mudam, que as realidades se reorganizam e que lideranças sólidas só se ergueram majoritárias porque, antes, alguém acreditou no que elas poderiam ser.
Apostar no Eduardo Leite, é um ato de fé em nosso poder de mudança e coragem.
Com a escolha de Flávio Bolsonaro, mais do que nunca, a candidatura de Eduardo Leite se impõe para quem deseja superar a polarização que nos atrasa e pode juntar no centro democrático, eleitores da direita democrática, da centro direita a centro esquerda democráticas e ainda os órfãos da esquerda iluminista democrática.
A hora é agora!




Vou anular meu voto, de novo. Flávio "Rachadinha"Bolsonaro é o fim da picada.
E não sou a única que nnao gostou disso. Só ontem, depois dessa declaração insana, a Bolsa (que vinha subindo por causa da impopularidade de Lula e por causa da possibilidade de Tarcísio), despencou mais de 4,31%. Foi um balde de água gelada e fedorenta. Ninguém quer essa família tóxica no poder, só os fanáticos.
Meu cenário base número 1, é: a candidatura de Flávio não vinga, Tarcísio é ungido candidato definitivo da centro-direita e Centrão. O cenário base 2, é: o grupo bolsonarista insiste na candidatura do Flávio, racha com o Centrão, que lança Ratinho Jr., com apoio de todos partidos do centro/direita e direita, com excessão do PL.