“Não vote em assassinos de pretos e pobres (e genocidas)”
A narrativa eleitoral já está pronta. Claudio Castro cometeu uma matança deliberada de pretos e pobres (alguns dizem, um genocídio).
Claudio Castro é de direita. Ele, assim como outros governadores de direita, não aceitaram a proposta do governo Lula, capitaneada por Lewandowski, de integração das polícias para combater o crime organizado. E não aceitaram porque querem matar pretos e pobres (e cometer genocídio).
Logo... a direita é assassina (e genocida). Temos de votar no PT, não apenas em Lula para presidente, mas nos candidatos de esquerda contra todos os governadores de direita e seus indicados. Porque eles são assassinos (e genocidas).
Castro, Tarcísio, Zema, Caiado e até Ratinho Jr e Eduardo Leite (ou qualquer outro que aparecer na oposição a Lula e ao PT), são (ou serão) iguais aos sionistas que cometem assassinatos (e genocídio) contra os palestinos. Lá é como se o Hamas e a Jihad Islâmica não existissem. Aqui é como se o Comando Vermelho e o PCC não existissem.
Claro que nem o governo federal, nem os governos estaduais que são oposição a Lula e ao PT, nem os governadores que são do PT ou aliados do governo Lula, têm uma proposta consistente para a segurança pública, em especial para conter as facções criminosas do narcotráfico e as milícias.
Fala-se da falta de Estado, mas quanto às milícias elas são em alguns lugares (como o Rio de Janeiro), partes do Estado. O bolsonarismo, aliás, tinha uma relação muito próxima com as milícias, assim como o lulopetismo, algumas vezes, foi conivente ou leniente com o narcotráfico.
Nada disso está resolvido. E não será resolvido enquanto houver instrumentalização político-eleitoral do problema.
Se a fração bolsonarista da oposição acha que vai ganhar votos dizendo que “bandido bom é bandido morto”, como fazia Bolsonaro, isso agrava o problema em vez de resolvê-lo.
Se a situação lulopetista acha que não deve haver repressão aos soldados do narcotráfico, porque esses são apenas vítimas pé-de-chinelo de uma brutal desigualdade social e econômica e porque os verdadeiros comandantes estariam na Faria Lima em São Paulo (ou fazem parte das elites, sobretudo a financeira, em todas as regiões do país), isso agrava o problema em vez de resolvê-lo.
Mas nem o bolsonarismo, nem o lulopetismo, têm condições reais de resolver o problema. Os populismos, digam-se de direita ou de esquerda, carregam uma deficiência estrutural que os desqualifica para enfrentar desafios desse tipo. Não é difícil mostrar por quê.




Lewandowisk, como se viu no STF, tem vontade de abrir a porta das cadeias e liberar de vez os traficantes, vítimas dos usuários, da extrema direita e sobretudo da sociedade injusta e cruel