O Brasil terá quase 90 organizações terroristas?
Organizações terroristas, em geral, têm uma causa de natureza política ou político-religiosa. A rigor, do ponto de vista da democracia, é sempre uma causa antipolítica sustentada por uma ideologia autocrática (laica ou religiosa).
Organizações terroristas são organizações criminosas. Mas nem todas as organizações criminosas são organizações terroristas, mesmo quando sua forma de atuação espalhe o terror em populações civis. As máfias são um exemplo. As facções do narcotráfico e de negócios ilegais associados são outro exemplo.
A “causa” das facções do narcotráfico e de negócios ilégais associados não é uma causa política ou político-religiosa, sustentada por uma ideologia, e sim expandir seu domínio para lucrar mais. São empresas fora da lei: empresas bandidas. Elas querem dominar territórios para ganhar dinheiro. Elas querem aumentar seu poder para ganhar mais dinheiro. Elas participam de eleições, lançando ou apoiando candidatos, para aumentar seu poder e, então, poder ganhar dinheiro por mais tempo protegidas por setores do Estado.
As facções do chamado narcotráfico instalam cenários de guerra nos territórios onde atuam, mas isso não quer dizer que haja uma guerra civil no Brasil. Elas cometem crimes que podem ser comparados à ações terroristas, mas isso não significa que são organizações terroristas.
Não há guerra civil no Brasil entre as facções criminosas e as forças de segurança do Estado. Confrontos que configuram um cenário de guerra não são suficientes para caracterizar uma guerra. Guerra não é violência: é um engendramento para reorganizar cosmos sociais segundo padrões hierárquicos de organização regidos por modos autocráticos de regulação de conflitos.
Facções criminosas infundem o terror, conquistam território, instalam cenários de guerra na luta armada entre si e com as forças de segurança e se metem em eleições. Seus efeitos sociais podem até ser piores do que o de algumas organizações terroristas. Ainda que os impactos políticos de organizações terroristas sejam sempre piores do ponto de vista da democracia. Porque, caso vençam a sua luta ideológica, instalarão tiranias que oprimirão todos os habitantes, não apenas os que moram nos territórios que controlam. Sim, elas tomarão o Estado.
Parece óbvio que não se pode escapar do enfrentamento armado com as facções criminosas. Mas o enfrentamento armado às facções criminosas é uma ação de natureza policial, mesmo quando empregando recursos militares.
Por outro lado, as facções criminosas não serão contidas apenas por enfrentamentos armados. Neutralizá-las exige políticas adequadas, instituições fortes e alinhadas (polícias, judiciário, ministério público), continuidade de programas públicos (governamentais e sociais), urbanização inclusiva e, mais importante, um pacto social que rejeite a sua existência. Se começarmos agora é possível erradicá-las em uma década.
O crime organizado (as empresas bandidas do narcotráfico e outros negócios ilegais associados) não será contido apenas pelo Estado. É necessária a participação do mercado e da sociedade civil. Se um pacto social for feito nesse sentido, como foi dito, talvez em dez anos a situação melhore sensivelmente.
Se fosse para enquadrar as empresas bandidas do narcotráfico como organizações terroristas, o Brasil seria campeão mundial do terrorismo. Justificaria até uma intervenção estrangeira ou internacional - uma força da ONU - para pacificar o território. Pois temos, num cálculo por baixo, 88 facções de base prisional no Brasil. Sendo que 72 delas têm atuação local como os Bala na Cara, do Rio Grande do Sul, e o Comboio do Cão, do Distrito Federal. Há 14 facções regionais que atuam em mais de dois estados como o Comando da Fronteira, a Família do Norte e os Guardiões do Estado. E há, é claro, de âmbito nacional com conexões internacionais, o Primeiro Comando da Capital e o Comando Vermelho (ver Nota 3).
Os democratas somos contra a tipificação de facções criminosas como organizações terroristas, dentre outras razões, porque isso abre brecha para exterminar seus integrantes sem observar as normas do Estado democrático de direito (instaurando a pena de morte na prática) e para transformar a natureza da ação policial, convertendo-a em combate bélico (guerra civil) a um “inimigo interno”. Ora, quando se instala um ‘estado de guerra’ contra um inimigo (interno ou externo), ocorre necessariamente uma transição autocratizante do regime político. Porque a guerra é o contrário da democracia.
Nas notas seguintes, para efeitos de comparação de organismos que têm naturezas distintas, vamos ver exemplos das mais de dez principais organizações terroristas que atuam hoje no mundo, de mais de sessenta organizações terroristas menos conhecidas no Oriente Médio, na Ásia e na África e de algumas das quase noventa facções criminosas e de negócios ilegais associados que atuam no Brasil.
NOTA 1
As 10 principais organizações terroristas atuais no mundo
Aqui está uma lista das principais organizações inequivocamente terroristas ativas em 2025, com enfoque nas mais letais e influentes globalmente, com base em relatórios oficiais como o Global Terrorism Index (GTI) 2025 do Institute for Economics and Peace, listas do Departamento de Estado dos EUA (Foreign Terrorist Organizations - FTO), da União Europeia, da ONU e da CIA World Factbook. Incluí grupos jihadistas, separatistas e outros com alto impacto em mortes, ataques e presença internacional. Para elaborar essa lista o Grok usou critérios como número de mortes atribuídas (em 2024, segundo o GTI 2025), expansão geográfica e designações oficiais. O Islamic State (IS) continua sendo o mais mortal, responsável por 1.805 mortes em 2024. Cf. http://visionofhumanity.org
1 - Islamic State (IS/Daesh/ISIS) - Ativo em 22 países, com foco na Síria, República Democrática do Congo (RDC), Sahel e Oriente Médio. Responsável por 71% de suas mortes na Síria e RDC; expandiu operações e é o grupo mais mortal do mundo. Designado por EUA, UE, ONU e maioria dos países. Cf. http://visionofhumanity.org
2 - Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP) Cresceu 90% em mortes atribuídas - Ativo no Paquistão e Afeganistão. Cf. http://visionofhumanity.org
3 - Al-Shabaab - Baseado na Somália, com ataques na África Oriental; afiliado à Al-Qaeda. Um dos mais ativos na África Subsaariana. Cf. http://cia.gov
4 - Jama’at Nasr al-Islam wal Muslimin (JNIM) - Afiliado à Al-Qaeda no Sahel (Mali, Burkina Faso, Níger); epicentro global de terrorismo. Cf. http://reliefweb.int
5 - Hamas - Ativo em Gaza e Cisjordânia; responsável por ataques massivos, como o de 7 de outubro de 2023. Designado por EUA, UE e Israel; segundo mais mortal em 2023-2024 em alguns relatórios. Cf. http://visionofhumanity.org
6 - Hezbollah: Libanês, apoiado pelo Irã - Ativo no Oriente Médio e América Latina. Cf. http://cia.gov
7 - Houthis (Ansar Allah) - Ativo no Iêmen; redesignados como FTO pelos EUA em 2025; ataques no Mar Vermelho. Cf. http://libguides.library.umaine.edu
8 - Al-Qaeda e afiliados (incluindo AQAP, AQIS) Rede global - Ativo no Iêmen, Índia, África e Ásia. Cf. http://cia.gov
9 - Boko Haram / ISWAP (Islamic State West Africa Province) - Ativo na Nigéria e região do Lago Chade; alto número de ataques. Cf. http://visionofhumanity.org
10 - Taliban - Ativo no Afeganistão; controla o governo, mas ainda realiza ataques; afiliados como Haqqani Network. Cf. http://publicsafety.gc.ca
Observação 1 - Temos também o Lashkar-e-Taiba (Paquistão / Índia) e Abu Sayyaf (Filipinas).
Observação 2 - Não estão incluídas as organizações designadas como terroristas pelos EUA, mas sobre as quais não há consenso internacional, como os carteis de drogas e gangues tipo CJNG, Sinaloa, MS-13, Tren de Aragua.
Observação 3 - Não foram incluídas nessa lista Jihad Islâmica e quase uma dezena de grupos terroristas que atuam no Iraque, na Síria e em outros países do Oriente Médio, sob a coordenação da IRGC - o Corpo da Guarda da Revolução Islâmica, que também é uma organização terrorista (não incluída na lista acima, mas talvez seja, de todas, a mais perigosa do mundo para as democracias liberais). Também não foram incluídas outras organizações terroristas do Oriente Médio, da Ásia e da África (ver Nota 2).
NOTA 2
Algumas organizações terroristas no Oriente Médio, na Ásia e na África
Síria
1 - Islamic State (ISIS/Da’esh/ISIL): Remanescentes ativos no deserto sírio; ~3.000 combatentes; ataques sectários e contra forças curdas/governo transitório. Cf. fdd.org
2 - Hurras al-Din (Guardiões da Religião, afiliado à Al-Qaeda): ~2.000 combatentes no noroeste; dissolução simbólica, mas ativo; coordena com desertores HTS. Cf. fdd.org
3 - Hay’at Tahrir al-Sham (HTS): Dissolvida em janeiro de 2025 e integrada ao governo transitório; ex-designação FTO revogada pelos EUA em julho de 2025, mas ainda listada por ONU/UE/Reino Unido como terrorista; remanescentes radicais ativos. Cf. en.wikipedia.org
4 - Saraya Ansar al-Sunnah: Splinter pró-ISIS de HTS; incita tensões sectárias. Cf. fdd.org
5 - Turkistan Islamic Party (TIP): Combatentes uigures; ativo no noroeste. Cf. securitycouncilreport.org
6 - Ansar al-Islam (AAI): Ativo no Curdistão sírio; facções lutam contra regime e ISIS. Cf. cia.gov
7 - Abdullah Azzam Brigades: Ativo em Levant; ataques sectários. Cf. state.gov
8 - Fatemiyoun Division (afegãos xiitas pró-Irã): Ativo no sul; recrutado pelo IRGC. Cf. publicsafety.gc.ca
Iraque
9 - Islamic State (ISIS) remnants: Células ativas; ~3.000 combatentes combinados com Síria; ataques contra PMF e forças curdas. Cf. fdd.org
10 - Kata’ib Hezbollah (KH): Milícia xiita; ataques contra EUA; FTO. Cf. fdd.org
11 - Asa’ib Ahl al-Haq (AAH): Milícia xiita; FTO desde 2020. Cf. state.gov
12 - Harakat al-Nujaba (HAN): FTO desde setembro 2025; ataques contra EUA. Cf. fdd.org
13 - Kata’ib Sayyid al-Shuhada (KSS): FTO desde setembro 2025. Cf. fdd.org
14 - Harakat Ansar Allah al-Awfiya (HAAA): FTO desde setembro 2025. Cf. fdd.org
15 - Kata’ib al-Imam Ali (KIA): FTO desde setembro 2025. Cf. fdd.org
16 - Islamic Resistance in Iraq (IRI): Umbrella de milícias xiitas; ataques com drones contra EUA/Israel. Cf. fdd.org
17 - Ansar al-Islam: Ativo no Curdistão iraquiano. Cf. cia.gov
18 - Zainabiyoun Brigade (paquistaneses xiitas): Facilitado por PMF. Cf. washingtoninstitute.org
Jordânia
19 - Pouca atividade interna; ameaças de infiltração de ISIS/Hurras al-Din da Síria/Iraque; células inspiradas por ISIS. Cf. washingtoninstitute.org
20 - Islamic Resistance in Iraq: Ataques transfronteiriços (ex.: drone em Tower 22, 2024). Cf. erlc.com
21 - Células menores: Jaish al-Muhajireen wal-Ansar, Jund al-Aqsa (infiltração). Cf. en.wikipedia.org
Líbano
22 - Abdallah Azzam Brigades. Cf. en.wikipedia.org
Yemen
23 - AQAP; ISIS-Yemen.
Palestina / Israel
24 - Palestinian Islamic Jihad (PIJ)
25 - Al-Aqsa Martyrs Brigade
26 - PFLP
27 - PFLP-GC
28 - Lions’ Den (emergente).
Arábia Saudita
29 - AQAP (fronteira com Yemen)
30 - células ISIS. Cf. cia.gov
Turquia
31 - PKK (curdo; ativo no sudeste e Síria/Iraque)
32 - células ISIS/Al-Qaeda. Cf. drishtiias.com
Observação. Ainda temos grupos menos conhecidos no OM, como: Saraya Ansar al-Sunnah, Katibat al-Tawhid wal-Jihad, Liwa al-Tafuf (facilitadores xiitas). Cf. washingtoninstitute.org
Ásia
33 - Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP): Jihadista salafista; ~10.000 combatentes; ataques no Paquistão e Afeganistão; crescimento de 90% em mortes em 2024. Cf. cia.gov
34 - Islamic State Khorasan Province (ISIS-K): Afiliado ISIS; ativo no Afeganistão, Paquistão, Tajiquistão; recrutamento em Ásia Central; ataques na Europa e Ásia. Cf. press.un.org
35 - Abu Sayyaf Group (ASG): Afiliado ISIS-East Asia; Filipinas; enfraquecido, mas ativo em sequestros e ataques. Cf. cia.gov
36 - Al-Qaeda in the Indian Subcontinent (AQIS): Afiliado Al-Qaeda; Índia, Paquistão, Bangladesh, Afeganistão; ameaças a cidades indianas. Cf. cia.gov
37 - Jemaah Islamiyah (JI): Jihadista; Indonésia, Malásia, Filipinas; recrutamento e treinamento. Cf. state.gov
38 - Islamic State East Asia (ISIS-SEA/ISIS-Philippines): Afiliado ISIS; Filipinas; inclui Maute Group, BIFF, Ansar al-Khalifa Philippines. Cf. state.gov
39 - Lashkar-e-Tayyiba (LeT): Jihadista; Paquistão, Índia (Caxemira); aliases incluem The Resistance Front (2025). Cf. state.gov
40 - Jaish-e-Mohammed (JeM): Jihadista; Paquistão, Índia. Cf. state.gov
41 - Balochistan Liberation Army (BLA): Separatista; Paquistão; designado FTO em agosto 2025; ataques a chineses. Cf. congress.gov
42 - Islamic Movement of Uzbekistan (IMU): Jihadista; Ásia Central, Afeganistão. Cf. state.gov
43 - Hizbul Mujahideen (HM): Jihadista; Caxemira indiana. Cf. state.gov
Menos conhecidos na Ásia: Ansar Khalifa Philippines, Bangsamoro Islamic Freedom Fighters (BIFF), Jemaah Anshorut Tauhid (JAT), Indian Mujahedeen (IM), Harakat ul-Jihad-i-Islami (HUJI), Turkistan Islamic Party (TIP) remanescentes na Ásia Central.
África
44 - Islamic State (ISIS/Da’esh) affiliates: Mais letal globalmente (1.805 mortes em 2024); expansão para 22 países. Cf. visionofhumanity.org
45 - ISIS-West Africa Province (ISWAP): Nigéria, Chade, Camarões; ~8-12.000 combatentes. Cf. press.un.org
46 - Islamic State in the Greater Sahara (ISGS): Mali, Burkina Faso, Níger; expansão para costas oeste-africanas. Cf. un.org
47 - ISIS-Mozambique (Ahlu Sunna Wal Jama/ASWJ): Cabo Delgado; ataques com combatentes estrangeiros. Cf. press.un.org
48 - ISIS-DRC (Allied Democratic Forces/ADF): RDC, Uganda; violência horrífica. Cf. press.un.org
49 - ISIS-Somalia: Hub logístico global; recrutamento de FTFs. Cf. press.un.org
50 - Al-Shabaab: Afiliado Al-Qaeda; Somália, Quênia, Etiópia; 227 ataques em 2023. Cf. visionofhumanity.org
51 - Jama’at Nusrat al-Islam wal-Muslimin (JNIM): Afiliado Al-Qaeda; Sahel (Mali, Burkina Faso, Níger); coalizão com Ansar Dine, Macina Liberation Front. Cf. un.org
52 - Boko Haram: Nigéria, Camarões; splinter com ISWAP. Cf. un.org
53 - Al-Qaeda in the Islamic Maghreb (AQIM): Norte da África, Sahel; atividade reduzida, mas presente. Cf. un.org
Menos conhecidos na África: Lakurawa (novo grupo cross-border em Nigéria, Níger, Chade); Ansar al-Islam (Burkina Faso); Front de Libération du Macina; Al-Murabitoun; Ba Koura (splinter Boko Haram). Cf. news.un.org
NOTA 3
As 20 principais facções do narcotráfico atuais no Brasil
Segue uma lista (demonstrativa) de algumas das 88 facções do narcotráfico de base nacional, regional e estadual. Se tudo isso for considerado organização terrorista o Brasil será campeão mundial de território propício ao terrorismo em toda a história universal.
Nacionais
Têm abrangência em quase todo o território brasileiro, com influência internacional em rotas de tráfico
Essas são as principais facções com presença em múltiplos estados e conexões transnacionais, dominando rotas de drogas, armas e lavagem de dinheiro. Elas controlam presídios e territórios em praticamente todas as unidades da federação.
1 - Primeiro Comando da Capital (PCC): Originário de São Paulo, é a maior facção do Brasil, com cerca de 40 mil membros. Atua em 25 estados, controla rotas de cocaína da Bolívia e Paraguai para portos como Santos, e tem alianças com máfias europeias como a ‘Ndrangheta.
2 - Comando Vermelho (CV): Surgido no Rio de Janeiro nos anos 1970, rival do PCC, presente em quase todo o país. Domina rotas na Amazônia e Nordeste, com ligações a cartéis colombianos e exportação para Europa e África.
Regionais
Têm abrangência interestadual, com foco em rotas específicas ou regiões como Norte, Nordeste ou fronteiras). Essas facções operam em múltiplos estados, frequentemente aliadas ou rivais das nacionais, controlando rotas fluviais, portos ou fronteiras.
3 - Família do Norte (FDN) / Cartel do Norte (CDN): Base no Amazonas, domina rotas no Norte (Amazonas, Pará, Roraima) e tríplice fronteira com Colômbia e Peru. Aliada ou rival do CV em disputas prisionais.
4 - Terceiro Comando Puro (TCP): Originário do Rio de Janeiro, expandiu para Nordeste (Bahia, Minas Gerais) e Mato Grosso do Sul, aliado ou rival do CV em disputas por portos.
5 - Amigos dos Amigos (ADA): Do Rio de Janeiro, atua em estados vizinhos e Norte/Nordeste, envolvida em guerras com CV e milícias.
6 - Guardiões do Estado (GDE): Ceará, expandiu para estados nordestinos vizinhos, rival do PCC e aliado eventual do CV.
Locais / Estaduais
Têm base em um estado ou cidade, com atuação limitada. Há dezenas de grupos menores (levantamentos apontam de 53 a 88 no total), muitos surgidos em presídios para disputar territórios locais. Elas controlam bairros ou cidades, mas dependem de alianças para drogas e armas. Exemplos por região/estado (não exaustivo, pois há fragmentação constante):
7 - Terceiro Comando (extinto ou absorvido), milícias (como Escritório do Crime, atuam em extorsão, mas evitam tráfico aberto, Rio de Janeiro).
8 - Trem Bala ou Honda (São Paulo).
9 - Bonde do Maluco (Nordeste: Bahia)
10 - Sindicato do Crime (Nordeste: RN).
11 - Okaida (Nordeste: PB).
12 - Comboio do Cão (Nordeste: CE).
13 - Estados Unidos (Nordeste: PE).
14 - Bonde dos 13 (Norte: PA e AM).
15 - Deus da Morte (Norte: PA e AM).
16 - Os Crias Norte (Norte: PA e AM).
17 - Bala na Cara (Sul: RS).
18 - Manos (Sul: RS).
19 - Anti-PCC (Sul: SC).
20 - Comboio do Cão (DF: e grupos em MS importados via fronteira).
O Brasil tem até 88 facções ativas (dados de 2024-2025 do Ministério da Justiça e Fórum Brasileiro de Segurança Pública), com proliferação no Nordeste e fronteiras devido a rotas de cocaína. No Nordeste há maior concentração (Bahia com 17, Pernambuco com 12).



