O golpe que micou
Gilberto Natalini, Inteligência Democrática (12/06/2025)
Muito está se falando sobre o golpe do Bolsonaro no Brasil.
Golpe que não deu certo, e foi tentado pelo governo que cessou em dezembro de 2022.
Bolsonaro é o reflexo da ditadura militar e do ambiente de violência do Rio de Janeiro.
Ganhou a eleição em 2018, como uma escolha errônea e destemperada de parte dos brasileiros, diante da roubalheira praticada no mensalão e no petrolão durante os governos petistas.
Em 2003, Lula e o PT chegaram ao poder no Brasil. Durante seus três governos foram se afundando em práticas e escândalos de corrupção, sendo os principais o mensalão e o mega esquema de ilícitos chamado de petrolão.
O governo Bolsonaro (2019-2022) foi um desastre civilizatório que fez o Brasil flertar com a barbárie na política e na vida do povo.
Lula, que foi condenado e preso, voltou à cena, tendo sido “descondenado”, como alternativa de poder ao bolsonarismo.
Com isso, criou-se uma polarização nefasta e tóxica entre o lulopetismo e o bolsonarismo, que persiste no país até hoje, embora venha perdendo força gradativamente.
Em 2022, quando a polarização tornou-se dominante, o Brasil caminhava para a vitória de Lula.
Então Bolsonaro partiu para o tudo ou nada para não entregar o poder.
Usou todos os meios de redes sociais, de articulações políticas, de ataques às urnas eletrônicas e, por fim, passou a articular um movimento golpista para não reconhecer o resultado das eleições.
Seu plano era afirmar que as urnas foram fraudadas e por isso ele decretaria um estado de sítio, de exceção, de autoritarismo, e permaneceria no poder.
Buscou apoio nas forças armadas para respaldar seu golpe. Mas os chefes militares, instados por forças internas e externas, negaram-lhe o apoio, e ele ficou só, com seu grupo, vendo seu plano de golpe “micar”.
Lula tomou posse e Bolsonaro está respondendo por conspiração contra a democracia.
Na verdade, o resultado dessa polarização bolsopetista tem feito o Brasil padecer, na perda de ética, de qualidade de vida, de esperança no país.
É urgente construirmos o caminho para sair desse dualismo e partir para o bom senso do centro democrático despolarizado.
Para isso trabalhamos.