O mundo atual do ponto de vista da democracia
Um curso-relâmpago, com Augusto de Franco, para entender os grandes desafios para a democracia da época em que vivemos
É um curso de verão, realizado nas férias de janeiro e fevereiro de 2025.
PROGRAMA
1 – Por que podemos dizer que há uma segunda guerra fria em curso no mundo (sob uma terceira grande onda de autocratização)?
2 – Por que é impossível prever quando (e se) haverá uma quarta onda de democratização (ou, em outras palavras, por que não é possível saber quando terminará a terceira onda de autocratização que nos engolfa desde o início do século 21)?
3 – Por que a segunda guerra fria não é um repeteco da primeira (por exemplo, não é EUA x China no lugar de EUA x URSS)?
4 – Por que a segunda guerra fria é uma campanha de exterminação das democracias liberais, movida pelo maior e mais poderoso eixo autocrático já articulado no planeta em toda a história (Rússia, China, Irã, Síria, Bielorrússia, Coreia do Norte, Cuba, Venezuela, Nicarágua etc.)?
5 – Por que a segunda guerra fria é uma netwar (e por que isso não designa apenas, nem principalmente, uma guerra pela internet, mas uma guerra dentro das sociedades)?
6 – Por que episódios regionais de guerra quente, como a guerras da Rússia contra a Ucrânia e do Irã contra Israel, se inscrevem na atual netwar mundial?
7 – Por que a segunda guerra fria não é (ao contrário da primeira) o confronto entre blocos geograficamente demarcados, mas pervade tudo, se instalando dentro de cada país, dividindo as sociedades nacionais e nelas instalando uma polarização tóxica?
8 – Por que regimes eleitorais não autoritários, mas também não liberais, parasitados pelo populismo de esquerda – como os do México, de Honduras, da Bolívia, da Colômbia, do Brasil, da África do Sul e, talvez, da Indonésia (todos apoiados pela Rússia) – estão se alinhando ao eixo autocrático (por meio do BRICS ou Sul Global e de outras iniciativas nas quais não figura nenhuma democracia liberal)?
9 – Por que a chamada extrema-direita (o populismo-autoritário ou nacional-populismo, dito de direita – ou a construída “internacional fascista”) não é a única (nem a principal) ameaça atual às democracias?
10 – Por que não é possível explicar a vitória de Trump nos EUA sem considerar o contexto da segunda guerra fria?
DURAÇÃO
De 09/01 a 20/02/2025
INSCRIÇÕES
Abertas a partir de 24/11/2024
Apenas 20 vagas
PREÇO
R$ 600,00
Pagamento só por PIX (QR Code abaixo)
Ou use a chave Pix: 59654e42-6df7-4ce0-bdf1-08e008ed39ba
COMO SE INSCREVER
Basta enviar um e-mail para info@democracia.org.br com as seguintes informações:
1 – Nome completo:
2 – E-mail ativo:
3 – Número de telefone (WhatsApp):
4 – Comprovante do PIX.
METODOLOGIA, MATERIAL E RECURSOS DIDÁTICOS
Cinco vídeo-aulas de cerca de 1 hora disponíveis nos dias 09/01, 16/01, 23/01 e 30/01 e 06/02, mas que podem ser assistidas em qualquer época (de preferência até 13/02/2025).
Uma live (interativa) no dia 20/02/2025, das 20h00 às 23h00.
Interação constante no grupo de WhatsApp.
Inclui material exclusivo de leitura sobre cada tema.
As cinco aulas
AULA 1 - As três ondas de democratização e autocratização
AULA 2 - Os novos populismos do século 21
AULA 3 - O eixo autocrático e seus alinhados
AULA 4 - A segunda grande guerra fria
AULA 5 - A netwar e a polarização
QUEM MINISTRARÁ O CURSO
O curso será ministrado por Augusto de Franco, autor do livro Como as democracias nascem, há 20 anos promovendo programas de aprendizagem sobre democracia, redes, desenvolvimento e inovação.
É relevante saber o que Augusto de Franco pensa ou como ele se define politicamente. Eis o seu depoimento, publicado no X (em 16/11/2024), em primeira pessoa:
COMO PENSO
1 – Não sou de esquerda (seja revolucionária, ‘progressista’, classista, identitarista ou populista), nem de direita (seja reacionária, conservadora ou populista).
2 – Não adoto, para classificar as forças políticas, as noções de esquerda e direita (extrema-esquerda, esquerda, centro-esquerda, centro-direita, direita e extrema-direita) porque penso que é um esquema relacional vazio (que poderia ser aplicado tanto ao PCO quanto ao Vaticano), o que revela sua impotência como categoria analítica.
3 – Entendo que na democracia os conservadores são players legítimos e necessários, mas não me defino como conservador e sim como inovador.
4 – Considero que os populismos do século 21, sejam ditos de esquerda (neopopulismo) ou de direita (populismo-autoritário ou nacional-populismo), são os principais adversários da democracia liberal no mundo atual. Cada qual a seu modo, são todos não-liberais (ou iliberais).
5 – Apreendo a democracia como regime político e como modo-de-vida; não apenas como a regra do jogo, mas como o próprio jogo; como um processo (o processo de democratização ou de desconstituição de autocracia) e não como um modelo; reconheço que a democracia está em crise, mas avalio que as democracias que queremos só podem ser geradas no ventre da democracia que temos.
6 – Entendo que não há solução sem política, que não há saída fora da democracia, que não há democracia sem democratas e – como o número de agentes democráticos que temos é insuficiente para fermentar o processo de formação de uma opinião pública democrática – que a tarefa principal dos democratas é multiplicar o número de agentes democráticos: e é por isso que tenho promovido, nos últimos 20 anos, tantos programas de aprendizagem da democracia e de temas correlatos.
7 – Talvez seja desnecessário acrescentar, mas é bom deixar claro num ambiente polarizado como o do Brasil atual: não sou lulopetista, nem bolsonarista.
Ninguém precisa concordar com meus pontos de vista, elencados acima, mas é justo que todos possam saber como penso antes de se increverem nos programas que promovo.