Aprendendo a reconhecer padrões autocráticos
Lege, lege, lege, relege, labora et invenies
Digamos que você tenha que ler cerca de 10 livros fundamentais para entender a democracia pelo seu avesso, ou seja, para conhecer algumas das principais distopias, como O Admirável Mundo Novo de Huxley, o 1984 de Orwell ou O Conto da Aia de Atwood. Sim, podemos fazer várias listas das distopias e ficções correlatas que valem a pena ler. Por exemplo, uma lista significativa seria a seguinte:
A Nova Utopia de Jerome K. Jerome (1891)
Nós de Yevgeny Zamyatin (1921)
Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley (1932)
O Zero e o Infinito (Darkness at Noon) de Arthur Koestler (1941)
A Revolução dos Bichos (Fazenda Animal) de George Orwell (1945)
1984 de George Orwell (1949)
Fahrenheit 451 de Ray Bradbury (1953)
O Senhor das Moscas de William Golding (1954)
Um dia na vida de Ivan Denisovich de Alexander Soljenítsin (1962)
O Conto da Aia de Margaret Atwood (1985
Star Wars: Manual do Império de Daniel Wallace (2015)
Mas no corre cotidiano talvez você não consiga ler tudo isso sozinho (é bem provável que desista no meio da lista - ou até antes).
Se você conseguir chegar ao fim, talvez não tenha tempo para garimpar, nas diferentes obras, os mesmos padrões autocráticos que podem se replicar nos ambientes em que vivemos hoje. Mas não conseguindo fazer isso você não realizará uma leitura criativa dos livros; e, além de criativa, útil para entender o mundo em que estamos vivendo agora e os perigos a que estamos sujeitos.
Para ajudar a superar esses problemas criamos um Agente de Inteligência Artificial - chamado NEXOS - especialmente treinado para fazer isso. Usando essa IA você pode obter resumos, gráficos, vídeos e podcasts sobre cada livro. Mas tem mais.
Pode fazer perguntas a autores que já não estão entre nós, pedindo suas interpretações sobre questões atuais que nos afligem. Não se sabe o que (a IA diria que) eles vão dizer - isso é o mais interessante. Provavelmente darão a cada vez respostas diferentes, pois tudo será função da sua pergunta. E do acaso (ou das varreduras probabilísticas que dependem da sua sequência de perguntas).
E pode, inclusive, propor questões inéditas a esses autores - tipo assim:
“O que Orwell diria sobre tal ou qual passagem do Fahrenheit 451 de Bradbury?”
Ou então pedir:
“NEXOS, simule um diálogo entre Yevgeny Zamyatin (que escreveu Nós, em 1921) e Daniel Wallace (que publicou Star Wars: Manual do Império, em 2015) sobre o traçado retilíneo das ruas e a arquitetura monumental (e piramidal) das tiranias”.
O mais importante de tudo, porém, é a possibilidade de fazer uma esperiência alterdidática: voce pode conversar com outras pessoas que estão lendo os mesmos livros. E essa conversa cumpre um papel insubstituível na aprendizagem da democracia (e na eventual conversão à democracia).
Para viabilizar tudo isso lançamos um Clube de Leitura das Distopias selecionadas na lista acima. Vai começar no dia 6 de novembro de 2025 e terminar no dia 12 de fevereiro de 2026. Sim, será uma espécie de “curso de verão”, no entanto, muito divertido e prazeroso, uma atividade de férias mesmo: tudo online.
Você pode clicar neste link para saber tudo sobre o clube e, se achar legal, fazer sua inscrição. As inscrições já estão abertas, mas é bom não deixar muito para depois pois as turmas são limitadíssimas.